terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Artista é todo aquele com dificuldades, incapacidades, falhas e ansiedades.
Artista é então qualquer ser humano pensam então?
Mas não, pois qualquer ser humano antes de pensar em si pensa
no que convém, no que passa bem, no que não estorva o olhar alheio.
Pensa, finalmente, em ser normal antes de ser esse estranho "eu", que não
conhece, avançando-o com dúvidas.
O que quero dizer é que artistas somos todos e nenhum, a questão é
se alguém se vê mais e mais privado de se sentir integrado virará inevitavelmente
artista. Se não artista será apenas mais um anti-social, que se culpa a si mesmo
por não ser normal. O que digo a essa gente é que comecem a acreditar que o
Vosso mundo é tão certo (ou errado) como este e assim poderão viver com os dois.
Há pessoas para quais a vida é sempre insuficiente e não há mal nisto.
Para mim sempre foi um bom sinal porque evidencia que essa mente sonha e cria sozinha
sem aguardar o chamamento do mundo como resposta a uma ausência sua.
Sente ausência. O primeiro passo para criar é ter consciência da ausência que
se quase sempre sente e não a querer esconder por entre compras ou entretens supérfluos demais.
Portanto quem sente muito deve criar muito, pôr-se a "render" ao mundo.
Ser normal não é normal para quem faz esforço imenso para parecer normal.
Até porque normal não existe, é apenas ausência de vontade própria e pensamento critico.
Com delicadeza e muita escola em simpatia pode-se perfeitamente ser artista e ser normal
em perfeita comunhão e devida incógnita em sociedade.
O artista por mais que artista deve saber que a pessoa que não o é tem muito para lhe ensinar,
nem que seja apenas para melhor criar. O que quero dizer é que não deve haver antagonismos
entre os dois. Não há, efectivamente, melhor ou pior na vida, tudo se complementa, é só encontrar
o caminho da compreensão entre. Acho que esse é o novo caminho da arte: um caminho para a
compreensão.
Se sofres, se te magoas, se enlouqueces, sofre, magoa-te mais e enlouquece ainda mais no papel
e pelo caminho da tua imaginação. Aí verás que tudo é relativo, todos os teus demónios escondem outros
que porventura nada têm a ver contigo. Não há certezas na vida. A única deve ser um manter
um estranho e silencioso mas monumental sussurro ou suspiro ao pronunciar a palavra Acreditar.
Não há artista, não há normalidade, há sim, e só, consciências e todos temos e podemos ter muitas.

Ajuda-te a viver.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Self love poem - Charlie Chaplin - quando me amei de verdade

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades. Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável…
Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama… Amor-próprio. Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes. Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é… Plenitude. Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é… Saber viver!  

*

 

 

As I began to love myself I found that anguish and emotional suffering
are only warning signs that I was living against my own truth.
Today, I know, this is “AUTHENTICITY”.

As I began to love myself I understood how much it can offend somebody
As I try to force my desires on this person, even though I knew the time
was not right and the person was not ready for it, and even though this
person was me. Today I call it “RESPECT”.
As I began to love myself I stopped craving for a different life,
and I could see that everything that surrounded me was inviting me to grow.
Today I call it “MATURITY”.
As I began to love myself I understood that at any circumstance,
I am in the right place at the right time, and everything happens
at the exactly right moment. So I could be calm.
Today I call it “SELF-CONFIDENCE”.
As I began to love myself I quit steeling my own time,
and I stopped designing huge projects for the future.
Today, I only do what brings me joy and happiness, things I love to do
and that make my heart cheer, and I do them in my own way and in
my own rhythm. Today I call it “SIMPLICITY”.
As I began to love myself I freed myself of anything that is no good for
my health – food, people, things, situations, and everything that drew
me down and away from myself. At first I called this attitude
a healthy egoism. Today I know it is “LOVE OF ONESELF”.
As I began to love myself I quit trying to always be right, and ever since
I was wrong less of the time. Today I discovered that is “MODESTY”.
As I began to love myself I refused to go on living in the past and worry
about the future. Now, I only live for the moment, where EVERYTHING
is happening. Today I live each day, day by day, and I call it “FULFILLMENT”.
As I began to love myself I recognized that my mind can disturb me
and it can make me sick. But As I connected it to my heart, my
mind became a valuable ally. Today I call this
connection “WISDOM OF THE HEART”.
We no longer need to fear arguments, confrontations or any kind of problems
with ourselves or others. Even stars collide, and out of their crashing
new worlds are born.Today I know THAT IS “LIFE”!

Há qualquer coisa no Domingo que realmente me aterroriza.
É por ser um dia de descanso, um dia de família? (coisa tão maldita a família)
Domingo é horrível.
Parado a reflectir. Um dia para reflectir...será isso?
Já reflicto tanto, não preciso que o mundo reflicta comigo,
preciso que ele ande, me entretenha, me mostre que funciona
perfeitamente sem mim e comigo se me apetecer nele aparecer.
Domingo estou em chamas, inferno aceso.
Memórias e projecções futuras, coisas feias a crescer de mim.
Domingo é vazio, triste, inseguro.
Domingo não devia ser.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Encontramo-nos mais em silêncio.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O Desencontro


Quando se passeia a vida virgulando as certezas com curiosidades, tentando disto
fazer pousio por onde colher flores que cresçam em nossa ausência. Olhando atrás se colhe uma,
outra e se continua. O fim é quando se ausenta de nós algo que de nosso foi e sempre será
ora frio, ora quente, real ou transcendente. Desencontramo-nos para com quem amamos e desencontramo-nos para conosco nesta real e fisica vida. O que é de nossa responsabilidade é
essa luz de voz que decide, a menos que haja um monstro atrás que decida por nós...
À parte da nossa parte ser de outro, em nós mesmos também transbordam outras almas, céus e mares.
A vida não é física apesar de o parecer porque nos habituaram a ver com os olhos. Sentir é o que lhes respondo, àqueles que me dizem que estou louco e assim. Porque de vida - ai vida fisica - temos de ser a cada momento um outro para nos sustentar em falso lugar.  Passado ou passado lugar Existe sem fim
num qualquer misterioso espaço da alma, mente.
O desencontro. O desencontro é fatal, real, fisico mas não espiritual. Há quem acredite em coisas
e movimentos mas há quem acredite no que sente. No sentir o infinito é presente. Atalho profundas reflexões
sobre o assunto. O desencontro. Estar encavalitado num andar que não deixa pensar ou ser. Pressões
metáfóricas mas tão mais que reais. Certezas a fugirem-me da mão como se eu apenas isto, um humano,
um ínfimo humano que não sabe de si mas tem que ir. Ir onde, onde tens que ir irmão?
E mais "ele" não diz...

domingo, 17 de fevereiro de 2013

nota

Não tenho tido tempo nem disponibilidade para passar os meus ultimos 2 cadernos para aqui.
A seu tempo virão, os escolhidos, a ser expostos, para ser lidos, aqui.

odazilivicnIncivilizado

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Sozinho é, ironicamente, a melhor forma de estar acompanhado.
A felicidade Existe quando tu sabe-la impossível.


(assim, possível a cada momento, instante - sempre!)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

"An artist has to be careful to never think that he's arrived somewhere, he has to be in a constant state of becoming." 

 Bob Dylan

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Conter para manter o ter sem o ter.
Sinto que vivo milénios por dia.
Cada instante da minha vida vem e vai como um sopro brutal e ancestral.

Agora sei que portas abri quando me fechei em mim...