O medo de ver coisas a passar
Minhas
Sem eu lhes ter mão.
Contínuas coisas de mim
Que saem
E voam ao encontro teu
E teu.
Quem sou eu?
Não me conheças
Pois eu não me conheço.
Abro portas
E não me responsabilizo.
Falam tortas
As noticias de agora
E lhes digo, enfim,
Há além e há a memória,
Desculpa-me mas tu,
Ó agora, não existes.
“Vistes”? Já passou…
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Passa o tempo de descuido,
Abrange a espada do desespero
Em vontade de matar interior e anterior
Quando é a pressa de viver
Que me sangra inocência.
Amanhã haverá a descrença
Pois o que acaba
Cansa de conclusão
Mas hoje há o espaço de conceber
A guerra, o sonho.
Quietinho no canto de outrora
A febre gera alta comunhão
Que esquece corpo e fala
E voa alto a crença em nada.
Jubilo de puto que lembra
A morte com um sorriso.
O velho que era e que serei,
O jovem terno que me tornei.
Só quero abrir os braços
E agarrar alguém
Mas sempre me
Fujo para onde quem há
Já tem ninguém.
O calor do druida
E a secura da puta
Que me comeu a fecundidade!
Nojo à autoridade palerma
De tromba flácida que me lembra
O meu pai.
Descuidos de felicidade
Esquecem-me no canto da janela
E não mais me vejo com ela
E tão pouco com alguém que me seja
Alguém.
Gero o tempo com disciplina
E a minha vida é uma guerra acesa
Assente em aparente passividade.
Gosto dos falhados e dos tristes
Por os poderem ser…
Eu por ser eu já me resolvo em conquista.
Abrange a espada do desespero
Em vontade de matar interior e anterior
Quando é a pressa de viver
Que me sangra inocência.
Amanhã haverá a descrença
Pois o que acaba
Cansa de conclusão
Mas hoje há o espaço de conceber
A guerra, o sonho.
Quietinho no canto de outrora
A febre gera alta comunhão
Que esquece corpo e fala
E voa alto a crença em nada.
Jubilo de puto que lembra
A morte com um sorriso.
O velho que era e que serei,
O jovem terno que me tornei.
Só quero abrir os braços
E agarrar alguém
Mas sempre me
Fujo para onde quem há
Já tem ninguém.
O calor do druida
E a secura da puta
Que me comeu a fecundidade!
Nojo à autoridade palerma
De tromba flácida que me lembra
O meu pai.
Descuidos de felicidade
Esquecem-me no canto da janela
E não mais me vejo com ela
E tão pouco com alguém que me seja
Alguém.
Gero o tempo com disciplina
E a minha vida é uma guerra acesa
Assente em aparente passividade.
Gosto dos falhados e dos tristes
Por os poderem ser…
Eu por ser eu já me resolvo em conquista.
Portas altas de silêncio
Resolvem-se a falar em monólogo
Enquanto eu vou ali e já venho.
Tarde,
Cheguei tarde,
Já as portas eram árvores
Que engoliam o céu em verde.
Caminho perdido.
Recomeço a falar com o vento
E com aquela pouca gente que passa.
Então de uma calçada imensa
Vejo sair de mim
Um cavalo medieval
Que me fala num perfeito português
Onde me quero eu digerir.
Tusso de espasmo, vergonha
Ou intelecto magoado e
Digo que pode ser ali já à frente
No café do Jeremias.
Ele,
O cavalo,
Diz “certo” e me leva
Ao colo enternecido
(eu, eu enternecido!).
(Calculo que o não vêem,
O cavalo…)
Lá chego ao Jeremias.
Ele cansado oferece-me,
Pagando eu, o almoço
E de fome ao alto
Ataco o prato
Que se desvia de minhas garfadas.
Hoje, já compreendi isso
Desde o cavalo,
Nada me surpreende
E assim o apetite
Mantém-se soberbamente voraz!
Peço a conta
E é negativa,
Ao que me pagam a mim
Uma quantia desconhecida…
Vou para a rua,
Talentoso da minha surpresa ser relativa
E corro ao rio,
Sim,
Apetece-me ver o rio!
Quase que me salto ás suas águas,
Agora quase limpas dizem os jornais,
Mas me gritam delas
Soberbas labregas sereias
Dizendo que não,
Não posso lá entrar!
Agora sim, um pouco confuso,
Retraiu-me e me reprimo ao ponto
De ter quase uma indigestão
Mas salta-me um macaco à vista
Com uma bandeja de prata na mão
Ostentando um tão me
Merecido “digestivozinho”,
Que o tomo
E me logo sinto bem.
Vejo o sol cair à água,
Angustiando-me de imaginar
Ele a se afogar
Mas depois me lembro
Que ele amanha renasce tão bem também.
Fantástico!
Palmas!
Grito urros ao vento enquanto essa,
Agora, tanta gente me crê louco!
Resolvem-se a falar em monólogo
Enquanto eu vou ali e já venho.
Tarde,
Cheguei tarde,
Já as portas eram árvores
Que engoliam o céu em verde.
Caminho perdido.
Recomeço a falar com o vento
E com aquela pouca gente que passa.
Então de uma calçada imensa
Vejo sair de mim
Um cavalo medieval
Que me fala num perfeito português
Onde me quero eu digerir.
Tusso de espasmo, vergonha
Ou intelecto magoado e
Digo que pode ser ali já à frente
No café do Jeremias.
Ele,
O cavalo,
Diz “certo” e me leva
Ao colo enternecido
(eu, eu enternecido!).
(Calculo que o não vêem,
O cavalo…)
Lá chego ao Jeremias.
Ele cansado oferece-me,
Pagando eu, o almoço
E de fome ao alto
Ataco o prato
Que se desvia de minhas garfadas.
Hoje, já compreendi isso
Desde o cavalo,
Nada me surpreende
E assim o apetite
Mantém-se soberbamente voraz!
Peço a conta
E é negativa,
Ao que me pagam a mim
Uma quantia desconhecida…
Vou para a rua,
Talentoso da minha surpresa ser relativa
E corro ao rio,
Sim,
Apetece-me ver o rio!
Quase que me salto ás suas águas,
Agora quase limpas dizem os jornais,
Mas me gritam delas
Soberbas labregas sereias
Dizendo que não,
Não posso lá entrar!
Agora sim, um pouco confuso,
Retraiu-me e me reprimo ao ponto
De ter quase uma indigestão
Mas salta-me um macaco à vista
Com uma bandeja de prata na mão
Ostentando um tão me
Merecido “digestivozinho”,
Que o tomo
E me logo sinto bem.
Vejo o sol cair à água,
Angustiando-me de imaginar
Ele a se afogar
Mas depois me lembro
Que ele amanha renasce tão bem também.
Fantástico!
Palmas!
Grito urros ao vento enquanto essa,
Agora, tanta gente me crê louco!
Enfim silêncio,
Parou tudo.
Fica lá atrás o mundo
E eu canto
A mais doce solidão
No cumprimento sensato
De minha missão.
Vou ao teu encontro
Porque vou ser
E sendo
Sei que te verei ser,
Como eu,
Mas mais como tu.
Adeus tempo de memórias
Olá tempo de acção.
Vamos progredir
Por onde houver a ir
E o resto não é,
De facto, da minha conta.
Sou um corpo,
Uma vida,
Faço deles uma disciplina
De sonho pragmático.
(Uma prece escondida
Em dias que ainda
Não eram meus,
Eram menores,
Porque era eu de alguém.)
Sozinho no espaço
De me entender disso,
Os fracassos têm um só tempo
E esse já passou.
A vitória é uma certeza
Pois tem que a ser
Para os pés andarem com vida
E não porque tem de ser.
Aurora ainda escura,
Amigos longe e tantos
Desconhecidos ainda…
O futuro é a minha promessa eterna
E insensível
Pois não existe.
Falar de calma ao mar,
Sangue na acção.
Colher das ruas
Essa já nossa comunhão
E despedir-me de tudo
O que não sou.
Para sempre haverá,
Para sempre…
Parou tudo.
Fica lá atrás o mundo
E eu canto
A mais doce solidão
No cumprimento sensato
De minha missão.
Vou ao teu encontro
Porque vou ser
E sendo
Sei que te verei ser,
Como eu,
Mas mais como tu.
Adeus tempo de memórias
Olá tempo de acção.
Vamos progredir
Por onde houver a ir
E o resto não é,
De facto, da minha conta.
Sou um corpo,
Uma vida,
Faço deles uma disciplina
De sonho pragmático.
(Uma prece escondida
Em dias que ainda
Não eram meus,
Eram menores,
Porque era eu de alguém.)
Sozinho no espaço
De me entender disso,
Os fracassos têm um só tempo
E esse já passou.
A vitória é uma certeza
Pois tem que a ser
Para os pés andarem com vida
E não porque tem de ser.
Aurora ainda escura,
Amigos longe e tantos
Desconhecidos ainda…
O futuro é a minha promessa eterna
E insensível
Pois não existe.
Falar de calma ao mar,
Sangue na acção.
Colher das ruas
Essa já nossa comunhão
E despedir-me de tudo
O que não sou.
Para sempre haverá,
Para sempre…
E lembrando-me do que sei
Me esqueço.
Perdi o consolo de puto
Que tenta ver o exterior
Para se definir.
Vou inventando e caindo
Vendo o que é ou será
Enquanto vivo.
Amanhã posso cá já não estar
E assim faço do dia-a-dia
A procura de um outro meu lugar.
Vivo a fugir
Porque me minto
De ter forças
Para isto de aqui.
Não há tempo para muito nesta vida…
Seremos breves e evoluamos!
Me esqueço.
Perdi o consolo de puto
Que tenta ver o exterior
Para se definir.
Vou inventando e caindo
Vendo o que é ou será
Enquanto vivo.
Amanhã posso cá já não estar
E assim faço do dia-a-dia
A procura de um outro meu lugar.
Vivo a fugir
Porque me minto
De ter forças
Para isto de aqui.
Não há tempo para muito nesta vida…
Seremos breves e evoluamos!
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