Tenho adorado como tu sorris ao mundo e eu despreocupado.
Sentas-te a meu lado, eu leio-te algo e tudo se conforma a nós: raro estado.
Descobri que vives em minha mente e que sou servo dum qualquer ideal
talento que só meu silencio procria em misteriosa plataforma de arte.
Tenho parado a pensar: o que sou eu? quê desta vida me quer?
Mas logo descubro que o meu percurso foi fazer-me desaparecer
para me descobrir a cada instante um outro novo ser.
Pode ser angustiante a pena desta alegria imensa ser lâmina que me corta a presença
mas não será menos angustiante que viver em angustia sem o saber?
Não tenho nada a dizer, desculpa.
Gosto tanto de te poder ver e sentir, ver fluírem de mim sonhos, projecções e revoluções.
Mil por segundo, milhões por minuto.
É que gosto de viver, é só.
Mas, gosto assim, parado, estático, a olhar o movimento alheio.
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