Em parte de costas para o mundo acendo o cigarro de aprumo
a história que me foi mas não será
que se a for, distraído estarei-a demais para a notar.
Foge de mim a maçã
que da cabeça rola pelo braço
para a barriga
perna
pé
e chão.
Não mais minha
e o tão que foi minha...
Quieto.
Ainda os holofotes e as colunas grandes
e amplificadores grandes
mas nada de grande sinto
apenas o suspiro de ser.
Ser
coisa dura de tão mole
e de mole
enfurecer quem a vê como fraqueza.
É destreza
não fraqueza
e é certeza sim
quando se não tem mais nada
que ela aqui.
Continua a passar tempo
e espaço e eu noutro lugar
querendo este só
mas sabendo-o negativo
ao positivo dever de andar em frente
mesmo sem querer.
Palavras:
equações matemáticas
de sentimentos e emoções
grandes.
E o ter de conhecer
e reconhecer o além de mim
e que sou pequeno
tão pequeno
que talvez
ainda nunca me vi...
Discurso ou fala
singular ou plural
e a magia de acreditar
ser coisa de encanto
de um outro noutro lugar.
Paro.
Escuto e olho.
Ninguém.
Fui de mim
quem tem olho
para não ver mais de trevas
enredo.
Tropeçar na coisa de bem fazer
para fazer andar.
Andar leve.
Porque leve não cansa
e mais descansa o passado
e seus pesos
(que balançam com o movimento).
Nas raízes do destino
e escolher um só
que preze todas
ou será que me só uma
a única?
Não sei
e sei que não quero saber
pois real poder prazer
esse
que não vê fim
ao meio
e assim
se inicia
em qualquer recheio.
Para dentro
para fora
o que é
o que será
o que vem
e o que é de lá.
Um pouco de tudo
um nada de muito
e tudo certo
tudo certo.
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