quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O diabo sobe à cruz de madeira
Pedindo socorro
Ao homem que lá se empoleira.


Traçadas as vestes de escárnio
O público assenta-se,
Noite dentro, a propor
A morte de alguém.

O cão ladra,
A bruxa se esconde,
O degrau desce e a ponte sobe
O degrau que descia.

Fica-se tenso quando
A cabeça rola o chão
E o corpo (sem cabeça)
Se estende ajoelhado
Como que pedindo perdão.

Mas é noite de festa
E faz-se de almas
Palmas e o que se sucede
É mais um corpo a abater.
Que me passam tortos em cima e eu não me sei como levantar. Sempre cogitado em terras que não têm nome, nem chão. Faço de meu leito solidão e molho o pão de minha emoção actual em niilismo espiritual. Sabe-lo tu de mim? Perdido nos confins de minha mente arbitraria e seguido por uma cobra de horror mesquinho que sozinha me condena eu a a ser. Que de noite invento o dia e de sofrimento o renascer do sonho morto (porque tinha que morrer). Pegadas de um cão que de ladrar não teme mas comer ou morder também não. Palavras encantadas por uma lembrança cheia de caril e malagueta acesa em explosão que faz o tempo esquecer de si para se reacender em bebé velho que chora sorrindo a coragem de viver vencido o caminho que por certo é vitoria da nascente eterna! (Falas demais ó pato dos pardais!) Sincera desmedida e intrínseca maligna fera de me querer eu – EU – feliz fora tudo o que é pequeno e pequeno e passivo e pequeno e… Suo dor de vida para que de me dentro reste o calor de me encantar com sonho meu de viver vida única que acredita em mim e eu nela. Espécie de narcisismo perverso ou absorto mas como de base o amor é deus, vive, e vivendo se faz a luz crescer em ser mortal que morrerá!