quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O diabo sobe à cruz de madeira
Pedindo socorro
Ao homem que lá se empoleira.


Traçadas as vestes de escárnio
O público assenta-se,
Noite dentro, a propor
A morte de alguém.

O cão ladra,
A bruxa se esconde,
O degrau desce e a ponte sobe
O degrau que descia.

Fica-se tenso quando
A cabeça rola o chão
E o corpo (sem cabeça)
Se estende ajoelhado
Como que pedindo perdão.

Mas é noite de festa
E faz-se de almas
Palmas e o que se sucede
É mais um corpo a abater.

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