quarta-feira, 14 de março de 2012

Recorrer a portas que estando abertas parecem fechadas, de encostadas. O encontro é próximo, a beleza muita, mas o tempo de amanhã promete tanto no vazio que digo não ao que aqui anda como se eu, crucial à vida e não ela, a outra que, ainda há pouco, aqui estava comigo. Desperto louco de ousadias e quando o tempo pára, depois de almoço, caio eu pelas escadas do cansaço involuntário. Há espaço para procriar, noite de sedução e, no entanto, reina uma pausa agreste à produção... Queimo velas e horas enquanto e quanto posso mas o tempo por tempo continua passando impune às minhas tristezas e desilusões. Quem sou é pecado. Tenho a ser, é certo! A morte está próxima, felizmente, e assim na brisa de sentir o rescaldo da vida, a alma sorri, o coração serena e a mente aperta como quem não compreende. Haja vida e que tudo o resto morra!

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