Ai o fogo
E tremenda
Dor de cabeça
Que me suga
A harmonia,
E empate
A
Alegria.
Todo este barulho
De responsabilidade
E culpabilidade
Do mundo.
Todo este ninho
De silvas,
De ficção,
Todo este, “é melhor não”,
Todo este medo.
E a sede,
O desejo, a
Ambição, para
Onde vão?
Deram no inverso,
Não é?
Tornaram-se repressão,
Perversidade e obsceno
De tanto oprimido
O desejo.
Ai, sociedade minha,
Tanto para trás
Queria doenças,
Doenças enormes
Capazes de levar
Tudo consigo.
A tua decadência é
Contagiosa
E monstruosa,
Mas na mesma
Saio porta fora,
Acendo um cigarro,
Lanço-te um olhar divino
E fumo
Em harmonia.
1 comentário:
PerfeitoO!
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