Esse anjo da solidão
Estende-me sempre
A mão.
É meu amigo desde que me ajudou
Em batalhas passadas.
Hoje em dia
Tenho medo
De o largar,
De lhe dizer
-“já não preciso de ti.”
Medo de o(me) perder.
Quem sou eu sem
A minha solidão?
Sem o meu negro?
Sem os meus fantasmas?
Não serei ninguém não...
Mas posso de facto ser
Muito mais
Do que
Só isso!
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