Inauguro o prestante
Conheço o elegante
Desapareço fora frio por desnascer
Cá dentro o calor por um dia morrer.
Noite dentro firmo o tempo em água,
Corre solta e de liquida a congelo em anéis
Que visto em meu corpo, agora azul.
Nasce a preguiçosa múmia
Que me açoita o jantar
Brinca fome a sua
Enquanto me encarrego de almoçar.
Quem és, desdenhoso ser que me perturba o sono?
Um cantor, uma libelinha?
Uma sede ceguinha?
Não, és só tu: Luís de Sousa!
Sonho santo que me não dá meu
Me deixa vida.
Elaboras a cinta que um dia prender-te-à.
Jogas fora a maçã e a compota do pão
E sangras os olhos e despes a pele.
Quero um pouco mais daquilo que não existe se faz favor,
Aqui disto que vejo não me chega.
Creio, acontece da desagrega,
E enlaço meu corpo
Em desgraça alheia
Que me convida a entrar.
Ai que cedo se me assola o sono
Nunca o cansaço e a destreza em o saber ter
Me engana que posso dormir.
Mas devia estar sempre desperto, fazer o dobro do mundo inteiro!
Prestar-me à vida.
Estar cá em baixo bem dormindo
Não vale já rigorosamente nada!
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