Montanhas atentas a mim e eu a elas.
Sintra e Arrábida sempre
No meu horizonte
Como promessa omnipresente
De uma calma diferente.
E há rochas e marés,
Ventos e brisas e eu estou aqui
E estamos todos aqui
Onde hoje o sol se mostra em todo o seu esplendor
E a chuva é só uma lembrança
Do que éramos com ela.
O ficar estando quieto
Ou ainda que pouco andando
É um sossego para
Qualquer alma.
Parede, praia tua
Ainda erradia rocha tanta
E vida antiga.
Deve ser dos teus tantos
Guardiões velhos
Que te auscultam diariamente.
E há água que fica em poça
Quando abandonada na rocha.
Água essa que em breve
Se juntará aos céus
Espiritualizando-se no
Acto de evaporação.
Parece que hoje há sol
E está algum calor
Visto que estou de t-shirt
E séria tentação
Em me abandonar dela.
E foi o que fiz,
Visto que tudo o que se quer
Deve ser feito!
O insucesso e o fracasso
Não disturbem quem já é
Com seu medo.
Até se chega a agradecer
O fracasso, visto dar espaço à reflexão.
Ondas, montanhas, rochas
E um ou outro avião
Sobrevoam meu olhar doce.
Só, assim...
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