Permaneço
aqui onde tudo tem fim e o começo se demora pois lhe demoro eu a simpatia.
Qual a graça de deixar andar se há portas hoje abertas
no céu de um outro continente, maravilha?
Já nem encantado pois encantei.
Já nem focado porque foquei.
Ser dois corpos é complicado se os destinos são enviesados.
Ter que de mim promessa em breve?
Terá que ser que sim.
Pois de morrer já me sei tanto e imaginar vida outro tanto.
O coração a bater na pele para sair.
Quer entrega sim mas a entrega tem outra vida.
O beijo doce e tudo molhado, sereno mas apaixonado.
Há que ir com calma neste retorno.
Pisar o chão preto com alma para o encantar novamente estrada.
Que medo esse? E que fantasia essa?
Lembrar desgasta embora que enreda presente à caminhada.
É um de novo que terá de ser novo pois
de "isto" já sei tanto que me canso além.
Irrita-me, por vezes, a impossibilidade de dar o que o outro merece de mim
sendo que depois sempre fico por aqui, mais vazio porque não fluo,
não há como fluir aqui.
Emoção, que te tenho na obrigação de te acamar o leito em mim
para que me não queimes e me deites em pranto passivo.
É um ter de andar,
ver beleza em tudo e em todo o lugar
(principalmente no feio).
Oh, mas desconheço mundos e surpresas
trago-me comigo e te levarei lá.
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