Não ter que te tenho
na comida que já não como,
fumo então.
E o fumo lembra tudo
esquecendo-se de mim,
sincero
mas perdido
encontro daqui a pouco
o mundo
que se pensa em rumo
mas sei-o perdido
por o já ter vivido.
Não ter pé
nem palavra que indique
o indicado pela cabeça.
Pressa, nem tanto
mas apenas incerta certeza
sempre
que me prende
ao desconhecido.
Como se viver
coisa distante
e o aqui ser outro
para que seja
e eu dele.
Na memória guardo coordenadas
e se o chão se levantar
saberei por onde andar.
Mente criadora
não encontra fim
mas meio.
E o meio é um outro de mim,
sendo eu ideia
ou seja ela ideia minha.
Em quatro olhos se encontra destino novo.
Dois é demais suplício
para alma crente e coração desaparecido.
Ou não.
Certas vaidades que me já não são.
São elas e vão
pois já não lhes tenho pé nem fé.
O real é o que há afinal.
Espírito sim
mas mais quando sozinho
e das trevas só isso auxilia caminho.
Maneiras de ser.
Perguntas que se guardadas
guardam resposta a todas.
Não sei se de asas ou muletas
mas que o tempo voa,
sei lá.
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