sábado, 9 de julho de 2011

Sossego o tempo de meu ter
E me vem vontade de prazer.

Assegurar-me
Boleia do vento,
Despegar-me de corpo
E planar,
Ó espírito meu,
Centro do universo,
Deus?

Que te tenho hoje
Como uma certeza física.

Lembrar um adeus
Como um eterno olá.

Ah sim
Viver também ao contrário
Para ser total.

Chegada a promessa
De uma nova era
Já me sou ela
Antes dela.

Os ventos mudam
E vivo para os sentir.
Não me deixo esconder
Por ambições imateriais
Do só físico.
Quero-me alimentar o espírito.

Mas ele não se alimenta
Ele é
Basta deixar-me ser
E entregar-me,
Ó espírito.
Aí me sinto em além,
Fogo, luz de ninguém
E por isso mesmo
De Deus, isto é, livre.

Já que a compreensão
É amor sem toque
Nisso me exercito
Para quando te tocar,
Ó mulher,
Sentires tu
O meu eu, eu divino.

Calor apreço
Nada mais
Que afecto e entrega.
Sossego a despedida
E saúdo toda a vida!

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