Em memorias desatentas
De uma outra nova procura
Me redescubro
Em cálice de espírito,
Sangue de me querer
Finalmente eu vivo.
Sal do chão
E o alho do fim da tarde,
Especiarias da manhã
Para acordar
Espelho reflector
Do sol acima de mim.
Sara a ferida de meu corpo
E se multiplica para mim,
Céu do corpo,
Cérebro,
Em vontade de partir;
Querendo só o tão
Momentaneamente chegar
Num ínfimo
De segundos breves
E partir novamente,
Tendo só como certeza
Que a vida tem que ser vivida
Pelo próprio e não o além de si.
Sem comentários:
Enviar um comentário