Fazer do que sinto
Um filho meu
Porque o sinto
E é meu.
Divagar o físico
E fotografar, estático,
O sentimento.
Comer pouco
Pois só o ar
Já me tão alimenta
Que tenho de fumar.
Olhar os tempos que são
Com os óculos de sábio,
Que relativizam a relevância.
Sentado na esplanada do café
A noite chega
E estou ainda não nela.
O silêncio breca
As asas da harmonia
E desvirtua o que acredito
De momento.
Passo a ferro o espírito
Tornando-o físico
E tudo que me atormenta
Foge daqui
Pois eu não tenho medo.
A vida é um segredo a preservar.
Sei-a bem,
Ela é que não me sabe.
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