Quero tudo.
Nem muito
Nem pouco
Tudo.
Tudo sim.
Tudo é bom se se deseja o todo de tudo.
Se cai mal
Largar ali ao lado
Que a outro pode
Ser a solução.
Bocejar alto para fazer rir
A criança que é ela ali velha.
Tratar o António pelo nome,
A Maria por Maria.
Fazer toques de bola
Com os afectos que me afectam.
Falar bem e cuidado aos amigos
E falar mais que mal
Aos velhos descrentes que nos fizeram.
Saltar a vedação da nuvem alta
E olhar o céu, em dor de atenção,
Voa-lo em mente pela fé do coração.
Tentacular o individual
Para querer e crer e ter e ser e saber de tudo e todos.
Que tenho pressa de viver
E a morte tem-me inveja
De lhe ser filho legitimo
Mas tão mais amar a vida.
Voa, voa ó alta ave que me possui!
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