Rasgar as cercas do prazer
E querer além delas
Prejuízo da morte,
Glória à vida!
Embarco na nova filosofia
E reinvento loucura
Pela forma do em tudo acreditar.
Palavras dúbias de significado
E crescimento alado.
Figuro-te em mim
E dos dois
Revigoro-me Deus da existência.
Potencial persistência
Pelo ideal de amar
Não uma mas umas.
Filantropia sepulcral!
E o olhar da viúva
Ser olho aberto
Para o infinito.
Renovo a vida ao ser
E que se foda a vida actual!
Vive tudo morto
Porque tiveram medo de morrer.
Eu vivo o sonho em vida
Porque me matei quando era meu tempo.
Inauguro agora
Da sombra,
A luz da vela:
Retorno à pré-história!
E concorro à ordem universal,
Vida eterna.
Tão pequena a vida moderna,
Tão inerte.
E não tenho
Com quem falar e
Não tenho com quem sorrir
Este amor pela vida!
Os meus grandes amigos,
Que nunca conheci,
Já morreram e vejo-os sempre
E sempre que posso
No youtube e na internet.
A minha vida é o oposto dela
E daí me resolvo
Buraco negro
Que brilha e cria
E cientificamente significa deus.
Profetas e sábios
De todos os tempos,
Parece que me junto a eles
Ou então sou só
Uma pila mirrada
Em sombra de vagina molhada.
Que se foda
Se o que faço é mentira
E os vossos números a verdade.
Vou além pois
Sei que não há fim.
A vida é tão bela
E não há hoje quem
A sorria por mim.
Eu tenho que ser eu.
Pelo menos até chegar outra por onde me…
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