Porque se é pela ordem de falar e escrever bem serei Senhor.
Seja feita a minha vontade para contemplar e evidenciar certezas passageiras
que aos poucos, muitas, possam levar essa pesada hoje, por que morta, alma humana
para o sacrilégio da vida terrena. Concorro a ventos de amargura e cansaços longínquos que perdem forças ao nos vislumbrarmos sós na imensidão da
consciência infinita. Caiem aos chãos os que procuram salvação do terror da
Verdade que se vai finalmente sentar à mesa do comum dos mortais. Encontros com
o passado e eu a ficar maluco de em tudo acreditar, tocando sensações antigas
como se fossem de amanhã, pois esse presente meu é sempre tão fugidio e
assustadiço... Ingresso então pelo segredo e no sussurro da madrugada eu
invento minha vida, não a conseguindo levar nesta inóspita terra. O curioso é
que ainda me querem, correspondem e por mim são involuntária ou voluntariamente
seduzidos por esta já morta, porque sabida, alma. Tenho tal desconfiança pela
vida que me é hoje oferecida que a renego logo à partida. Fico só com esta
minha que apesar de pobre é certa e isso é o que hoje valorizo. Sei que é a
minha sentença de morte esta necessidade de certeza mas…agora a morte parece-me
quase uma boa alternativa à vida. Quem fiz eu de mim? Por onde irei por
esses dúbios caminhos da realidade? Não me sei aperaltar de materialidade para
me manter terreno, real e coerente. Fujo de tudo o que posso e parece que os
amigos são-me os maiores inimigos porque lembram-me e evidenciam a merda, o
fraco que me tornei.
Sem comentários:
Enviar um comentário