Surpresa de cair.
Em parte, o chão
Sossega-me o passo
E com tempo
Junto-me a ele
E andamos juntos.
Fosse o céu para quem não sonha
E deixem o chão para quem vive nas nuvens.
É preciso equilibrar o mundo rapaziada!
Ter o encanto descansado pelo equilíbrio,
Sono de santo.
Pois, o que é a vida senão um encontro constante
Entre inferno e céu?
Contente o passo do pato,
O passo do cisne,
Um lago nem grande nem pequeno
E uma esplanada com umas famílias felizes
E outras infelizes.
É nestes espaços de tempo
Que vejo que somos todos um
E que todos temos espaço para ser
O instante que somos.
Pois, por vezes, olho com amor
E segundos depois um feio ódio,
Sombra de meu medo ancestral…
Mas amanhã resta algum caminho
Para fazer sozinho.
Deixar, deixar andar.
E na correria do mundo
Sorrir, despreocupado,
O fim de tudo,
O começo do nada:
Espaço,
Espaço de tempo.
Enfim,
Vida não é?
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