De ser capaz
Do que sou capaz.
Estar sozinho envelhece a mente,
Distribuindo-a pelos 4 cantos do mundo,
Tendo eu tão pouco por onde me esticar,
Encolhido que estou.
Enfim, são medos
E mais medos que sou incapaz de desfazer.
Comem-me vivo, os medos,
E eu tento encontrar o que,
Por fim, encontro me desencontrando.
Tenho energia a mais
E tão pouco onde investir.
Escureço o espírito,
Mordo-o mesmo
Para poder ser,
Ou parecer ser, normal.
(Não quero estorvar os outros.)
Capaz do incapaz.
Medos, sobem-me ao alto
Escurecendo o que fica,
Lembrando o chegado
Como se nada fosse.
Sinto-me no ar,
É só isso,
Sinto-me no ar.
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