quarta-feira, 4 de junho de 2008

Rochas escuras
Pingam água
No sangue do
Mar
Um monstro
Levanta-se
De seu demorado
Descanso.

A águia voa
Em todo o seu esplendor
Ama a vida
Porque nela
Nao pensa.

O cor de laranja
Do céu corre
A barriga do
Monstro
Dizendo-lhe
Bom dia.

Ele nega a citação e responde-lhe com um punhado
De rochas escuras,
Gritando alto
Aos deuses
Dos antepassados.

Chorando corais ele grita mais
Um pouco
Angustiado com
Sua enormidade.

O barco passa-lhe
Perto e ele destroi-o
Projectando seu ódio monumental
À raça humana.

Ao caminhar até
Ao elixir duma
Montanha penetra-lhe
O sol do meio dia
Na coluna vertebral
E finalmente
Todo seu negro
E seu tamanho
É recompensado
Por um raio de sol intenso.

Este era femenino...

Sem comentários: