quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Energia a mais faz
Com que qualquer pensamento ou emoção
Ganhem tamanhos colossais,
Em parte, maiores que eu.

Porque vivo possuído, deixo-me andar
Por onde o vento me entende
E lembro-me da cultura de meu passado
E passo bem o presente.

Mas com tempo a seu tempo,
E concreto movimento que me tenho
É a expressão matemática dessa equação.

Acaso, fico-me empastado em antecedência de morte
Por preponderante recusa de vida.

Ai, pensamentos intrigados
Renovam pausa essa de racionalidade pretensiosa,
Quando é a raiva dessa puta de vida louca
Que dá frutos mais que lindos
Porque não cuidados,
Nascem sozinhos.

Reconheço uma punheta de responsabilidade no que escrevo
E o resto é escrito pelas circunstâncias, ambiente.

A vida é um fim em si mesma
E só o sonhar
Vive esta mortalidade com honra e coragem,
Cara de selvagem.

Depois o esforço
É pôr o sonho em dia e à luz do dia.
Dar-lhe vida, simplesmente
Porque é o dever de quem cria.


O amor é bem mais extenso que uma só vida,
Façamos amor com o mundo, sem medo,
E se manifestará o Mundo aos olhos de quem sonha a vida
E vive a sonhar.

Os Deuses já pisaram a terra em tempos ancestrais
E esses não a prensavam,
Pisavam como uma carícia
Pois seu peso era-lhes consciente.

Hoje é só manadas de trabalhadores inconsequentes
Pisando o chão sem qualquer noção
De que são.

Ah, vamo-nos juntar aos Deuses!
Dar-lhes vida, por nossa já tão vivida!

Façamos amor,
Não para nascerem putos
Mas nascerem possibilidades, sonhos e mundos!

Liberdade jorrada por ejaculações altas,
Abraçadas por esse ventre menino
De mulher fértil!

Ai, o deixar de tanto pensar
Para poder em silencio partilhar nossa terrena
Emoção por quem nos está próximo sem senão.

Colher o que há e sorrir,
Porque há, e por haver, acontece.

Que complicada será a vida se a certeza
É que se vive e se há de morrer?

Tranquilo.
Todos antes de nós o fizeram
E todos o hão de fazer.
Unimo-nos na morte
E assim a morte é a derradeira Mãe,
A quem todos devem o privilégio da vida.

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