terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Em parte de costas para o mundo acendo o cigarro de aprumo
a história que me foi mas não será
que se a for, distraído estarei-a demais para a notar.

Foge de mim a maçã
que da cabeça rola pelo braço
para a barriga
perna

e chão. 
Não mais minha
e o tão que foi minha...

Quieto.

Ainda os holofotes e as colunas grandes
e amplificadores grandes
mas nada de grande sinto
apenas o suspiro de ser.

Ser
coisa dura de tão mole
e de mole
enfurecer quem a vê como fraqueza.

É destreza
não fraqueza
e é certeza sim
quando se não tem mais nada
que ela aqui.

Continua a passar tempo
e espaço e eu noutro lugar
querendo este só
mas sabendo-o negativo
ao positivo dever de andar em frente
mesmo sem querer.

Palavras:
equações matemáticas
de sentimentos e emoções
grandes.

E o ter de conhecer
e reconhecer o além de mim
e que sou pequeno
tão pequeno
que talvez
ainda nunca me vi...

Discurso ou fala
singular ou plural
e a magia de acreditar
ser coisa de encanto
de um outro noutro lugar.

Paro.
Escuto e olho.

Ninguém.

Fui de mim
quem tem olho
para não ver mais de trevas
enredo.
Tropeçar na coisa de bem fazer
para fazer andar.

Andar leve.
Porque leve não cansa
e mais descansa o passado
e seus pesos
(que balançam com o movimento).

Nas raízes do destino
e escolher um só
que preze todas
ou será que me só uma
a única?

Não sei
e sei que não quero saber
pois real poder prazer
esse
que não vê fim
ao meio
e assim
se inicia
em qualquer recheio.

Para dentro
para fora
o que é
o que será
o que vem
e o que é de lá.

Um pouco de tudo
um nada de muito
e tudo certo
tudo certo.

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