sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Atrás tempo
criança do conhecido sentimento meu.
Família de um,
porta fechada ao mundo
e ranhuras por onde entram
pequenos raios de sol,
esperança e cheiros de vaidades femininas.

Na pequena
sentado à parte de algum estado
absorvendo o que se não vê.
Palavras cansam quando pesam
de mostrar registo que só tem dom
em inspiração.

À noite
ir
até de madrugada vir.
Vendo quem se não fica por isto
nem vai até ao imprevisto.

Lisboa sozinha
agora que te vou
troco a perna
e não sorrio,
ficas pronta a outro.

E andar pela calçada
é coisa mística
ainda.

Quando o ir
já tem saudades
antes de ir.

Na rua recta do tesouro
silencioso que me sempre deste
vejo agora carros e eléctricos
que antes não via.

É ser magrinho
pronto a engordar
pela carência de estar
sem saber estar.

Aurora Celeste.

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