sábado, 4 de janeiro de 2014

Não há passo que não pise quando
lembrado pelo andar ser perdido.

E no colher do encanto ontem
o enorme desencanto de sozinho aparecer
mais exposto que o viver ou ter.

Cansaço prestado a algum lado
mas fica ainda a coisa não feita
o sorriso guardado como demais.

É frio,
Inverno do santo grau
da vida ser coisa material
e os sorrisos não serem de cada um
mas coisas de nenhum.

Que digo eu?
Cansado de mim,
em pausa de me querer noutro lado,
continuação.

Saí sozinho
e fui porque não gosto de esperar.
Esperar não alcança nem conquista
apenas cansa.
(Cansado de esperar...)

Matéria prima é o ir sem disso se aperceber
e na inconsciência de o tão viver 
sorrir verdadeiro e entreter a razão
com jogos de coração.

Um peso do mundo,
um peso no mundo.
Pesado.

Só o movimento horizontaliza
esta dor vertical,
este sentir de forma recta.

Portugal que coisa estranha és tu
que dás sem saber receber
e aguardas para sempre
olhando em frente
não as demais ofertas
mas o horizonte vazio.

Sonho?

És criança ainda...

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