segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Morro de amores pela vida em si.

Amo-a mais que a posso
e odeio-a por isto.

Saber dela e não a ter.
Ou tê-la mas logo se algo interromper,
intrometer pelo respiro dela ser simples e certo.

Tudo o resto estorva,
estorva tanto
a visão da vida ser pranto.

Coisa de velha criança que
teima em crescer sem disso ser,
só ver.

Oh, que a odeio por a tanto ver de longe,
nunca a tocar de perto,
que queima,
é só.

Saltar-lhe para cima
e caminhar
sem mais olhar se ela eu
- se ela o que antes amava -
distante era
hoje natural.

Deito-me contigo ó vida
e dás-me tantas ideias
e certezas (passageiras)
que me canso de não cansar.

Mamo da tua ancestral mama.
Mamo das duas mesmo
que é para encontrar o meio,
o meu meio - se é que o há...

Oh, que amo tanto a vida
que sempre a vejo de longe
como desejada bailarina.

Serei-te indiferente
para te seduzir a ti
passo em frente
em direcção a mim.

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