quinta-feira, 26 de abril de 2007

Tou ali numa névoa de nuvem carregada
Que só deixa transperecer minha sombra preta.
Não me mexo, não pareço existir,
Mais pareço um manequim/boneco.

Passado uns dias vejo-me a dar um passo para o lado,
Um passo incógnito, discreto e timido.

A vida continuou e continuou, nunca mais me vi mexer.
Fiquei parado ali depois daquele misteioso passo.
Havia ainda individuos que íam de encontro
E se esmurravam em mim, mesmo assim
Como pedra continuei estáctico.

Ja me estranhava sair de casa e ver-me no fim
Da rua onde sempre chovia, parado sempre parado
Nem o minimo movimento ocorreu desde aquele
Estranho passo...
Que terá sido aquilo?
Estarei morto?...ja que parado estou à tanto?..

Num quotidiano dia, num em que não havia nada
De esperanças ou acontecimentos especiais,
Olho para o lado e lá continuo eu parado, sento-me
Num banco da rua e enquanto olho para mim no
Fim da rua, enrolo um cigarro.
Quando estou a pegar no isqueiro para acender o
Já feito cigarro, vejo-me a dar um gigante salto
Para a frente a perfurar as nuvens de chuva,
E a correr com todas as minhas forças para a
Frente até desvanecer no horizonte de maneira
Incompreensível(para pessoas)...

Acendo por fim o cigarro deixo-me sorrir e penso
Para mim mesmo—“...já era tempo!..”

1 comentário:

Anónimo disse...

huuuummm... muito bom.