segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Acorda a noite
E nada diz respeito
Ao vizinho do lado,
A luz evarorou-se
E a tristeza caiu,
Pum!

Esvoaçam passados tempos
Que aquecem e arrefecem.
Não fazem por perguntar nada
Só aparecem como um facto
Inquebrável.

As mesas esvoaçam
Com cafés e imperiais,
Giram como um tornado.

A árvore disse olá
E eu assustei-me,
Ela pediu desculpa
E culpabilizou-se
Pois não consegui mais falar com ela.

O verde torna-se
Preto como o azul,
A noite torna tudo
Monocromático
Altamente infinito
Ou pelo contrário
Finito e angustiante.

Acordou a morte,
Vagueia por aí
Mas agora não
Lhe dou atenção
Estou a ver vida
Ao redor (dela).

Que arte têm meus
Semelhantes a viver
E eu aqui escrevo
E existo só noutro
Sitio infelizmente
Sozinho.

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