sábado, 7 de novembro de 2009

Como posso eu me considerar
Igual a todos estes humanos
Se são especificamente
Seres como eu
Serenos sábios e equilibrados
Que são marginalizados
Por todos os outros standardizados.

Raiva minha e indignação
São justificados pelo fruto
Da razão e da emoção juntas.

Tristeza cai em mim quando
Oiço constantes banalidades
Sentado numa simples esplanada
Em pleno parque de campismo.

O jornal que mais vende
É o correio da manhã!

Pura tempestade de mediocridade
E distracção pre-concebidas para
Entreter e derreter as verdadeiras
Importâncias, os verdadeiros valores
Transformando um horror de assassinos
E violações em mais uma banalidade
De suas vidas inúteis.

Transforma-se a excepção
Em regra,
O raro torna-se
Comum.
Todos estes incitadores gordos
De doenças precursores
Da enorme ignorância fertilizada,
Haveriam de ser enforcados
Na praça pública sem
Possibilidade de última palavra.

Eu quero gostar do mundo,
Quero gostar das pessoas mas
Este sistema corrupto come-as
E controla-as mantendo-as
Na distracção e obrigação do
Trabalho escravizado e a publicidade
Embrutecedoura e negativa.

Tanta ignorância,
Tanta irresponsabilidade já cansa.

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