sábado, 7 de novembro de 2009

Donde procurei eu a essência?
Onde nasceu a consciência
Dela em mim?
Quando reconheci em mim
A minha consciência?

Quando se sentou ela em mim
E me procurou os olhos
E os lábios e me
Sangrou a alma deixando
A dela me entrar.
Sangue que não é meu mas
Me encontrou, fundiu-se
Num só por fruto da
Luz de um só olhar.
Imaginei-me numa noite
Ao luar com uma estrela
Cadente a meu lado a planar.
Corria pelas minhas ideias
Com o corpo estático
De repressão emocional.
Surgiste em mim e nisso te
Encontrei,
Separei-me de mim e te toquei.
Longe do meu acesso
Indeterminado
Coraste tua existência
E obrigaste-me a voltar
A mim.
Ao sair de mim
Nunca mais me encontrei
Verdadeiramente.
Sou uma semente
De procura que nunca
Encontra realmente.
Serpenteia em mim
O obscuro pensamento de
Ser um só
E não ser de todo
Um só
Mas muitos e variados.
Que desistência foi aquela
De desaparecermos?
Que confiança tenho eu
Numa vida que se
Encontra eternamente
Naturalmente?...

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