sábado, 7 de novembro de 2009

Fugindo de mim mesmo
Por uma encruzilhada
Tapada pela gente
Mas não pelos meus olhos,
Corri caminho há frente
Chorando a minha ausência
Corria e corria
Procurando algo.

Comecei aos poucos
A penetrar por uma
Floresta densa que se
Adensava á medida
Que eu a queria penetrar mais.

Almas rebeldes vi-a-as
Como fantasmas flutuantes
Que nada diziam
Só insinuavam “algos”.

Como era um “algo” que
(eu) procurava
Senti-me confiante
Em progredir
Minha passada.

Santos e demónios
Lutavam por gestos,
Não os compreendia
Mas percebi que estava já
Em terreno de deuses longincuos.

Exausto da minha procura
Salvei-me da pedra
Que me perseguia
Encharcando-a
Com água pura do rio
E ela assim desistiu.

Tornando-me eu mais
Leve
Consegui sucumbir
Ao desejo de eu
Próprio me encharcar
E beber água pura do
Riacho que andava
A meu lado.

Larguei toda a roupa
(td o k me pesava)
E corri nu
Para o encontro
Com o centro
Que já se avizinhava,
Isto porque já
Caminhava por entre largos oásis suculentos
De visão frutivora.

Vi um deus enorme a
Tropeçar para um poço antigo de água,
Alcancei-lhe a mão
E puxei
Não tinha forças
(ele era enorme)
Ele largou-me a mão
Que suava e ao
Cair pelo infinito túnel
Abaixo gritou:
Sê alguém!

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