sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Além mistério, procura de um semelhante,
Elabora-me a mim mas não minha vizinhança
Ela me é submetida.

Além tristeza, ela me vem apanhar
Já que fico sentado
Á sua espera.
Além demora e o rio corre silencioso
Alheio a mim que o observa.

Coitado de mim e do que enfim conheci,
Deus mirrado, morte na vida,
Onde me sou humano agora?
O deus morreu, farto-me
De o dizer mas ainda me vou alimentando dele.

Triste tristeza procura sorriso e serenidade.
Além riqueza,
Além encontro.
Salta-me á vista bela terra prometida.

Em tempos pequeno fora um segredo
Depois me larguei no mundo
Até ele já nada me ter a dar o que eu queria
E morri pobre, pobrezinho, tenro.

Quem me dera uma mãe,
Uma moça morena que me sussurra-se
Malandrices ao ouvido
E eu ria enternecido.

Quem me ficou senão eu?
O meu vácuo virado
Do avesso sugando
Tudo de meu com a
Sede de morte na vida.

Alheio a tudo, persisto.

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