sábado, 22 de dezembro de 2012

Tem um dom a sair
Surpresa de cair.
Em parte, o chão
Sossega-me o passo
E com tempo
Junto-me a ele
E andamos juntos.

Fosse o céu para quem não sonha
E deixem o chão para quem vive nas nuvens.

É preciso equilibrar o mundo rapaziada!

Ter o encanto descansado pelo equilíbrio,
Sono de santo.

Pois, o que é a vida senão um encontro constante
Entre inferno e céu?

Contente o passo do pato,
O passo do cisne,
Um lago nem grande nem pequeno
E uma esplanada com umas famílias felizes
E outras infelizes.

É nestes espaços de tempo
Que vejo que somos todos um
E que todos temos espaço para ser
O instante que somos.

Pois, por vezes, olho com amor
E segundos depois um feio ódio,
Sombra de meu medo ancestral…

Mas amanhã resta algum caminho
Para fazer sozinho.

Deixar, deixar andar.
E na correria do mundo
Sorrir, despreocupado,
O fim de tudo,
O começo do nada:
Espaço,
Espaço de tempo.

Enfim,
Vida não é?

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