quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Correria pelas portas abertas sem...
Pára!
Desviei-me do policia,
coisa feia do não
que regurgita o seu
para não deixar os outros ser.

Cansado da palestra saí
também
porque na espera
das escadas
uma amiga,
uma namorada.

Foi de lindo o dia
até que se foi,
ela e ele
e dormi-me a noite
tropeçado pelo sonho
de viver acordado.

Na conquista de um amanhã!
Como português
que me tanto sinto
e minto, minto...

Pois de letras
me protestei
capitalista do desdém,
aguardando-me a guarda
à honra de ter nascido sabido.

De quê não sei
e não o sabendo
vou vivendo
aqui e ali.

Domestiquei a pressa.
Tenho-lhe a trela nas garras
da amargura ser certeza
de uma vida segura.

Segurança:
coisa tão actual,
tão simples e natural...

Mas não,
sei que não.

Pressa essa para largar
então novamente.
Ter em frente
porque se muito tem demais atrás...

Passado amado,
coisa chegada a mim
como fruto infinito
do qual me colho genuíno.

Futuro me não tem
nem sabe de ter
porque não é sem eu.

Promessas-me as dúvidas?

Sei que não...
E assim tem que ser.

Que palavras sejam pessoas
frases estradas e estrofes acontecimentos
por experenciar.  

Coisa da vida ser reconhecida
agora humilde
chegado a ela.

Com quanto te passo ao ventre
mãe de qualquer manto onde me aprumo.

Vida tão bem.

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