domingo, 16 de fevereiro de 2014

Não ter que te tenho
na comida que já não como,
fumo então.
E o fumo lembra tudo
esquecendo-se de mim,
sincero
mas perdido
encontro daqui a pouco
o mundo
que se pensa em rumo
mas sei-o perdido
por o já ter vivido.

Não ter pé
nem palavra que indique
o indicado pela cabeça.
Pressa, nem tanto
mas apenas incerta certeza
sempre
que me prende
ao desconhecido.

Como se viver
coisa distante
e o aqui ser outro
para que seja
e eu dele.

Na memória guardo coordenadas
e se o chão se levantar
saberei por onde andar.

Mente criadora
não encontra fim
mas meio.
E o meio é um outro de mim,
sendo eu ideia
ou seja ela ideia minha.

Em quatro olhos se encontra destino novo.
Dois é demais suplício
para alma crente e coração desaparecido.

Ou não.

Certas vaidades que me já não são.
São elas e vão
pois já não lhes tenho pé nem fé.

O real é o que há afinal.

Espírito sim  
mas mais quando sozinho
e das trevas só isso auxilia caminho.

Maneiras de ser.
Perguntas que se guardadas
guardam resposta a todas.

Não sei se de asas ou muletas
mas que o tempo voa,
sei lá.

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