Só não fazeis o que está
Ao teu alcance
Mas te faz mal.
Largai os poços negros
Que te interiorizam
Em só
E aceita a vida
Como ela é.
O esgar de olhar,
O ódio, o ciúme,
Terras de só negrume.
Queimada constante
Fortificada pelos
Olhos fechados da mente.
As coisas a sair
E a entrar.
Noite funda
Deste dia solarengo.
A pomada da calma
Não me acalma
Nem desperta
Mantém-se quieta
Em mim, me substituindo.
O largo da vila deserto,
A gente onde
Não há solo
Ou comunicação
Vê essa, a televisão.
E em paz de um oficio
Mais antigo
Que a vida
Decifro o que sinto
Como quem joga um
Qualquer jogo superficial.
Valer o mar…
Que vejo eu
Eternidade
Que quase já concebo.
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