quinta-feira, 26 de abril de 2007

Ai o fogo
E tremenda
Dor de cabeça
Que me suga
A harmonia,
E empate
A
Alegria.

Todo este barulho
De responsabilidade
E culpabilidade
Do mundo.

Todo este ninho
De silvas,
De ficção,
Todo este, “é melhor não”,
Todo este medo.

E a sede,
O desejo, a
Ambição, para
Onde vão?

Deram no inverso,
Não é?
Tornaram-se repressão,
Perversidade e obsceno
De tanto oprimido
O desejo.

Ai, sociedade minha,
Tanto para trás
Queria doenças,
Doenças enormes
Capazes de levar
Tudo consigo.

A tua decadência é
Contagiosa
E monstruosa,
Mas na mesma
Saio porta fora,
Acendo um cigarro,
Lanço-te um olhar divino
E fumo
Em harmonia.

1 comentário:

Anónimo disse...

PerfeitoO!