terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Passam ideias e vontades,
Mentes e verdades pela minha cabeça
E eu sou-as a todas em pleno.

Agora sou o que estou a ser
Daqui a 5 minutos
Posso estar a morrer
E mais 2 minutos
Com o mundo em mim
Num enorme sorriso.

Mas não digas o que sou,
Não penses que eu sou algo ou alguém,
Não me esfregues isso na cara
Pois não gosto.

O que estás a dizer que eu sou
É o que tu queres que eu seja
Para ti neste momento,
Para tranquilamente arrumares minha junção de corpo e fala
Numa gaveta da tua mente.

Mas eu de lá sairei certamente,
Se me vires amanha ou para a semana.

Sabes, eu não sou de ficar,
Sou mais de ir,
Um ir que nem profundo é,
Mas leve, leve de consciência
É só vontade e ausência.

Vou porque já fiquei e não gostei.

Quando fico um pouco
A minha parte mais carente,
Encarrega-se imediatamente de criar raízes.

Então o meu eu de desejo e
Consequente do confronto
Do que fui e quero ser,
Corta-as determinadamente
Ou foge enquanto
Estas ainda estão verdes e miudinhas.

Gostaria de ficar,
Não sou forte,
Sou carente
Mas mesmo assim não posso ficar num terreno
Em que não acredito,
Criando raízes que rapidamente
Se tornam varizes e a mente
Um lago de mentiras e forçosos sorrisos.

Aprendi a guardar a minha carência
Cá dentro
E só mostrá-la a quem não a pese,
Penso que assim me tornei forte.

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