terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Ter-te pessanha, desfigurada
Não me ajudaria a suportar
Minha ideia de vida.
Esta é demais pesada para suportar sozinho.

Quero-te firme e hirta
Mas mole e quente
Simultâneamente
Como uma mulher sabe ser
Naturalmente.

Adversa a procura
Na mesma chego a ti porque
És o que anseio por ver.

Deixa-me tocar-te
E toca-me também
Quando assim o desejares
E me queiras satisfazer.

Porque na verdade
Temos o mundo a nossos pés quando nos tocamos,
O mundo é só o mundo pequeno e fraco aos nossos pés
Quando nos beijamos.

Falo do mundo meus amigos
Não do Universo ou Natureza
Esses são sempre Deuses a respeitar e ter em conta.

Fervo contigo, és-me demais para os meus canais abertos
Para absorver e criar mas demais abertos para amar.



Há um contra-ponto ao sensivel,
Este tanto é criança magoada
Quanto demónio.
Os dois podem sair ou entrar nesta mente que se deixa ser,
Pode-se então tornar perigoso este espaço em meu redor
Se tiveres por perto minha querida.



Miúda, miúdinha,
Mulher, mulherzinha,
Que calor e criação emanas
Por olhos ou sorrisos inerentes
Ao teu papel na existência.

Só há a vida e tu e afecto e carinho
O resto são sussurros que chegam a ti sozinho.

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