quarta-feira, 9 de março de 2011

Encanto grande e
Logo em seguida
Tropeção.

Não leis antes acontecimentos,
O que advém
Sustém respiração
Do que antes o antecede.

As emoções olham,
Feitas plateia,
Inovam a sombra
A uma corrente de ar
E abrem a boca
Bem aberta e olhos…
Olhos atentos.

O que vem não
É de vir
Mas vem e assim,
Também vai.

O certo carece do errado
E vice-versa.

Não há que viver
De olhos tapados
Nem reconhecer
Demais também as verdades.

Que a verdade é linguagem
Não racional,
Não humana.
A alma sangra se sabe das verdades…

A mão que se estende
À espera
Já não é apanhada por uma outra,
Fica ali só…

A verdade grita
Como milhões de simultâneas musas
Mas a mentira
É tão mais social…

Que ter então?

O sol brilha e o vento acaricia
Mas sou “só” parte disto tudo…

Aqui nem vejo mão estendida
Estou eu estendido
No chão
Albergando meu leito de conforto
Em tão solitário serão.

Onde ficas tu então?

Fechei os olhos e é noite
As vestes passam por mim
E não as ausculto não.

Em vista está minha mão
Que toca outra que
É só minha outra mão…

Solidão?

Solidão…

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