quarta-feira, 9 de março de 2011

Montanhas atentas a mim e eu a elas.

Sintra e Arrábida sempre
No meu horizonte
Como promessa omnipresente
De uma calma diferente.

E há rochas e marés,
Ventos e brisas e eu estou aqui
E estamos todos aqui
Onde hoje o sol se mostra em todo o seu esplendor
E a chuva é só uma lembrança
Do que éramos com ela.

O ficar estando quieto
Ou ainda que pouco andando
É um sossego para
Qualquer alma.

Parede, praia tua
Ainda erradia rocha tanta
E vida antiga.
Deve ser dos teus tantos
Guardiões velhos
Que te auscultam diariamente.

E há água que fica em poça
Quando abandonada na rocha.

Água essa que em breve
Se juntará aos céus
Espiritualizando-se no
Acto de evaporação.

Parece que hoje há sol
E está algum calor
Visto que estou de t-shirt
E séria tentação
Em me abandonar dela.

E foi o que fiz,
Visto que tudo o que se quer
Deve ser feito!

O insucesso e o fracasso
Não disturbem quem já é
Com seu medo.

Até se chega a agradecer
O fracasso, visto dar espaço à reflexão.

Ondas, montanhas, rochas
E um ou outro avião
Sobrevoam meu olhar doce.



Só, assim...

Sem comentários: