quarta-feira, 9 de março de 2011

O que é o tempo?

Tempo se perde
Ou é esquecido?

Auroras várias
Que deixo de ver por sono.

Mas quando acordo
Desgosto de minha estadia
Efémera na cama.

Acordar na companhia
Ou ouvindo gritos bons
De fora da cama…

O som do galo,
Da ovelha, do porco,
Dos pássaros.

Algo que não seja a ausência.

O tempo passa e nunca sei se o
Aproveito ou me basto
Em tolerá-lo serenamente.

Mas tenho desejo de tempo
E sei que o tempo
Que estou agora a ter
É só a base de um tempo
Em que me vou esquecer
Vivendo plenamente.

A luz de um amanhã…

Mas não sonho não esse amanhã.
Construo-o, isso sim,
Em meu presente.

Talvez daí não me sentir vivente
Antes me quedo como trabalhador obreiro
Do meu caminho.

Há que começar de baixo
Para realmente apreciar
A beleza a que chega
A altura da vida.

Não subo outras escadas
Vou construindo as minhas.
Construindo e subindo,
Construindo e subindo.

Não quero subir nenhuma outra escada
Da qual não participei na construção.

Assim meu futuro incerto
Existe na minha mente.
No real
Ou subo um degrau
Ou estou construindo o próximo.

Com calma,
Que na vida a pressa
É a antítese da maravilha!

Se a coisa demora
Então mais tempo há
Para dar graças a tudo isto!

Que outra vida desejei?...

Sim, é verdade…
Mas antes gritava aos ventos
Regendo-me amargurado, feito criança.
Hoje sei que o que tenho
Está aqui
E o que quero parte daqui.

Assim há mais base
Para não criar distúrbios fúteis
À evolução.

Vem, vem devagar
Ou fica aí
Que vou eu em teu lugar.

De uma maneira
Ou doutra
Nosso destino está traçado,
Iremo-nos reencontrar.

Fervorosa centelha
Que me ilumina a vida,
Vive mais ela que eu.
Eu sou só seu mensageiro e guia.

Brilha forte minha luz divina
Sangue de ser humano espiritual
Renascer índio
De mentalidade civilizacional!

Neo-paganismo hirto!
De que estás á espera?
Sorri e ajuda teu irmão.

A vida só existe para quem nela acredite.

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