quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Sem tirar nem pôr observo a realidade.

Ela acontece a cada momento.

Vendo que sim
Tudo brilha.

Não a cara triste do transeunte
Mas os seus movimentos
Que são manifestação de vida.

Trate-se de observar o outro
Como uma máscara dele
E assim se verá seu espírito.

E o espírito sempre É,
Por mais que dissimulado pela actualidade.

Tentando conhecer o que é
Além das circunstancias;
Os passos silenciosos
De quem se cuida,
Guarda.

O espírito está sempre
Camuflado pela realidade
Pois há que não ser muito diferente
Para estar integrado nela.

É preciso tempo e espaço para ver isto.
Para o conseguir basta anular o alheio
E ver o mundo sem protagonismo.

É preciso ver que vivemos perdidos
Pela demanda do mundo económico
Que é anti-natural  ao nosso coração.

Mas compreendendo isto
Pode-se assimilar os dois mundos
E, quem sabe, uni-los num só,
Não tão puro
Mas perfeitamente real.

O mundo não está mal
Nem o está o pensador
Que tropeça nos seus pensamentos.
Não há nada mal.

Tudo está bem.

Unamo-nos ao mundo como somos.

Tratemo-lo como nosso companheiro/a,
Com os seus erros e suas falhas.

Assim, invés de resistir vamo-lo viver.

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