sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Não sei para que te escrevo se de certo entender me disfarças a vida à distracção de a não viver.
A um ponto conciso se separa o real da imaginação e voa de mim, alto, um perfeito estado virtual
que o vendo o sou também. Mas sendo que o chão sempre está aí e de o colher me tanto esqueço,
há que reflectir enclausura momentânea, disciplina das vestes, ó civilização! Mais alto que o que
é, maior do que parece, o meio o olhar alheio, e dentro nada. Esse nada que enlouquece quando
descansado é chamado à razão desse estado. Ó, mas nem deve ser visto, nem o é, por certo mas
a impressão, intenção descuidada, magoa-se disto. Que confusão. Febre de alta razão que a queima,
obviamente, incoerentemente. Uma estaca onde ficar, pedra, sangue, ar ou coração, algo que renove...
Ter perfeita a ordem e descansar a seu lado, vendo-a ser cumprida implacavelmente por esse suor em
frente. Que de fraqueza não restam espaços. Que de sorte só mostra em movimento. Treme o
caminho. É jovem, é menino. 

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