sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O tempo é nevoeiro se há o seguro sem encanto.

Pois encanto, vê bem, é o inseguro sentir de que esse
momento para sempre porque livre, sem tempo.

Tempo é desperdiçá-lo a imaginar ou a criar.
Tempo é ser tão plenamente que se o não sente passar.

Tempo.

Tempo é descobrir, quando ele já se foi, o bom que ele é.

Tempo é saber ser velho ainda que novo.

Tempo é nem reconhecer mas se aperceber
que a vida um templo de sensações
como que não nossas - uma dádiva ela então.

Tempo é saber-se finito e não chorar o infinito de se
sentir o para sempre num só breve momento.

Tempo é reconhecer que além do individuo
existem outros e que nisto continuação.

Tempo é amar o frio como o quente
rumo à eterna espiral.

Tempo é tempo,
não penses sobre isso...

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