segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Oh, mas podia dizer tanta coisa!
O que, no entanto, nada me faz querer dizê-la.
Pois se o caminho aberto nada se tem a conquistar,
só usar  - e isto, certamente, nada heróico.
É esperar o tempo ou lançar chamas aqui
para queimar a mata, a erva seca e acelerar
o adubo natural da terra morta agora.
Queimar aqui para ir para ali, sim - isso que queria dizer.
O mundo corre, corre como um louco e
eu sossegado no meu canto com angústias absurdas
ao mundo e até a mim!
Uma tal falta de paciência para estas coisas ridículas do coração...
Que meu olhar de falcão, felino com asas do chão,
já nada tolera a fraqueza e a tristeza que não prolificas à arte
ou à acção.
Pois de morrer já me cansei muito e agora viver
uma coisa louca porque louco está o mundo.
Por vezes não sei e sabe quem o quão desprezo não saber!
Fosse há uns anos atrás ou uns lá pá frente mas não, tinha
que ser agora que finalmente não havia senão.
Paciência e prudência, mais uma vez a sabedoria
me quer de joelhos no chão - velha marreca que só sabe de tudo!
Aliás, além de mim, preciso dos outros.
Mas eles longe e eu sempre demais perto de mim ou assim.
Mas tem que ser, prejuízo o saber, vestir como tiver
e borboletas nos bolsos escondidas pelas mãos de carpinteiro
mal-cheiroso.
O mundo que tenha de ser e eu com ele
mas tenhamos espaço para outros nele comigo tigo.

Palmas!

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