Domingo não sei…
Talvez já não aqui esteja.
Hei-de seguir por aí,
Apanhar primeiro comboio
E seguir seguindo a paisagem
Como se ela me fosse minha
Passada vida a se ir embora.
Algo de trágico vive em mim
E como não me entra odor feminino
No corpo e alma, anulo-me sozinho
Nessa tragédia que se chama pensar.
Estar por aí a beber cerveja.
Escutar o mundo e as pessoas,
Estar aí para as acudir na queda do dia-a-dia.
Pele morta, tanta, cai no chão sem ser vista…
O que olha mais vê o que o outro vive.
É preciso mentes que se fiquem vazias
Para se alimentarem e contarem as dores
De quem não as pôde sentir...
Sem comentários:
Enviar um comentário