domingo, 19 de outubro de 2008

Hoje vi um miudo.

Ele não me sorrio
Nem me viu a vê-lo
Porque é assim
Que são os miúdos.

Caminham pelo trajecto
Da vida sem se ocorrerem
Das peripécias deste,
Simplesmente deixando-se viver
E sentir o sabor
Da existência livre.

Eu que finalmente me acorrentei
Parcialmente à vida real,
Choro a perda
De alguma inocência.

Já também não a encontrava em mim,
É preciso viver e sentir-se vivo
Para senti-la.
Mas eu ja não a sentia.

Daí ter-me privado dela
Para poder ter algo em minha posse.

Por mais triste e vazia
Que seja essa nova posse
O passo em frente tem de se dar e tentar.

Comunicar com os antigos da vida
Com deveres e responsabilidades
Que eles os adultos possuem
E questionar-me a mim
Mesmo dentro do assunto.

Saber mais uma vez
O quê de verdade e mentira.

Compreendendo a vida
Por minhas próprias mãos.

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