segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Porque estará o frio
Tão longe do quente?
Será mesmo assim?

Quando olho o frio
De frente,
Vejo-lhe calor irregular
Dissipado por entre
Átomos enregelados.

Eu vejo isto,
Não me é desconhecido
É só um aparte
Da minha vivência.

Conhecendo o mundo
Como poesia e filosofia pura
O sonho da realidade
Torna-se abrangente à mente
E ao coração.

O limite é fundo
E não há de ter medo
De o escavar ainda mais.

Se longe do seres estás
Acorda,
Pois o que sentes não
É mais do que o que
Deves sentir.

Não acredito em pessoas
Que não existem pois
São as primeiras
A invejar a criticar
E a prender
Quem realmente
Existe ou pelo menos tenta.

No mundo abstracto
Da minha mente
O sonho é infinito
E tudo o que é real
É só uma parcela
Daquilo em que acredito.

Disturbios de todo o tipo
Passam ou se abraçam
Tornando-se orientadores
De quem os comanda ou pertence.

Viver é uma experiência
De aprendizagem e não uma
Sobrevivência económica.

Regozijo-me a pensar em pessoas
Que nunca chegam a andar
Por seus próprios pés.

Infelizes débeis
Que mais podiam estar mortos.

Este meu argumento
É de uma violência esmagadoura
Eu sei,
Mas torna-se válido pelo que sei.

Esses infelizes só desorientam
E desencorajam
Todos os deuses em pessoas
Que andam aí.

Se só existissem esses deuses
Seríamos severamente superiores.

Quanto deus já foi destruído
Pelo belo sentimento do amor,
Sentimento esse que tanto aprecio e prezo,
Apodrecido por uma das almas
Do casal ser inferior e fraca.

Só as grandes criaturas,
Aquelas
Que diria muito raras,
Aquelas que não só alcançaram
O total amor próprio
Como conseguiram
Também
Partilhar e receber
Outro amor próprio total.

Esse para mim é o
Amor supremo,
A total comunhão
Da harmonia caótica do universo
Reflectida
Na união de dois seres humanos.

Aqui há total comunhão
Com a vida,
Com a morte,
Com a natureza
E com a existência
Pois tudo encontra
O centro no centro
Do amor dos dois.

Isto sim é raro
E é o maior dos maiores
Desafios do ser humano
É ser arte,
Homem/mulher,
Deus,
Animal,
Nada,
Tudo,
Ser tudo isto
Toda esta sobrenaturalidade
Contida normalmente
Na arte,
Aqui totalmente
Transpondo-a,
Rebentando com todos
Os padrões e barreiras
De toda a historia
E culturas jamais existentes.

Sendo feito através
Do amor e dessa união
De amores o total
Ser humano eterno e divino.

A existência plena
Posta em prática.

Aqui esta plataforma
Superior não há
Nada de nada
Fútil ou desinteressante
Ou relativo tudo é total,
Tudo é existente
E sobrenatural
Simultâneamente.

Não haverá então
Quaisquer limites.

Uma grande vénia
Aos verdadeiros deuses
Que já chegaram
Ou se encontram nesta
Ultima plataforma.

Eu acredito.

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